Fatores de risco para osteoporose: saiba mais!

fatores de risco para osteoporose

Em geral, os fatores de risco para osteoporose são influenciados pela idade, pelo gênero e pela origem étnica. Normalmente, quanto mais  idoso, maior é o risco de ter osteoporose. As mulheres são mais suscetíveis à perda óssea do que os homens. Entretanto,  embora as mulheres tenham mais chances de sofrer uma  fratura osteoporótica (devido à repentina perda óssea durante a menopausa), os homens também podem sofrer de osteoporose.

Embora alguns fatores de risco não possam ser modificados  (fatores de risco “não- modificáveis”), você deve ser consciente de que fatores que influenciam na sua saúde. Os seguintes fatores  de risco são motivo para que você se submeta a uma avaliação da saúde dos seus ossos:

História familiar 

“A genética e o estilo de vida que você compartilha com a sua família e a dieta contribuirão para o seu pico de massa óssea e para o ritmo da perda óssea em idade avançada. Se um dos seus pais sofreu uma fratura, especialmente de quadril, você tem mais chances de ter osteoporose. Cerca de 20-25 % de todas as fraturas de quadril ocorrem em  homens mais velhos e os  homens têm uma maior probabilidade de ficar com uma deficiência e de morrer após uma fratura de quadril. A osteoporose também é mais comum em pessoas de origem europeia ou asiática, provavelmente por causa das diferenças na estrutura óssea e no pico de massa óssea”, afirma o  reumatologista Sergio Bontempi Lanzotti, diretor do Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares (Iredo).

Fratura prévia 

“As pessoas que já tiveram uma fratura osteoporótica têm quase  duas vezes mais possibilidades de ter uma segunda fratura, em comparação com pessoas que nunca sofreram fraturas. Qualquer pessoa que tenha sofrido uma fratura depois dos 50 anos deve fazer uma avaliação para verificar se tem osteoporose. Na maioria dos casos, será indicado um tratamento para prevenir prováveis futuras fraturas”, diz o reumatologista.

Certos medicamentos

Alguns medicamentos podem ter efeitos colaterais que diretamente enfraquecem os ossos ou que aumentam o risco de fraturas provocadas por quedas. Os pacientes que tomem alguma das seguintes drogas devem consultar os seus médicos sobre o aumento nos riscos da saúde dos ossos:

  • Glicocorticosteroides – por via oral ou inalados (por exemplo para asma, artrite);
  • Certas drogas imunossupressoras (calmodulina/inibidores da fosfatase calcineurina);
  • Tratamento hormonal para a tiroide (L-Tiroxina);
  • Certos hormônios esteroides (acetato de medroxiprogesterona, hormônios agonistas liberadores de hormônio luteinizante);
  • Inibidores de aromatase (utilizados em tratamentos de câncer de mamas);
  • Certos antipsicóticos;
  • Certos anticonvulsivantes;
  • Certas drogas antiepiléticas;
  • Lítio;
  • Inibidores da bomba de Prótons.

Hipogonadismo primário/secundário em homens

“Homens jovens que sofrem de hipogonadismo com baixos  níveis de testosterona têm baixa densidade óssea, que pode  ser aumentada por meio de uma terapia de reposição de  testosterona. Em qualquer idade, o hipogonadismo agudo, como aquele resultante da orquiectomia, para o câncer da próstata,  acelera a perda óssea a um ritmo semelhante à perda sofrida por  mulheres menopáusicas. A perda óssea após uma orquiectomia  ocorre rapidamente durante vários anos e na maioria dos casos é  recomendável que se faça um tratamento para preveni-la”, orienta Sergio Lanzotti.

Certos distúrbios médicos 

Algumas doenças, assim como os medicamentos utilizados para tratá-las, podem enfraquecer os ossos e aumentar o risco de  fraturas. Entre as doenças e os distúrbios mais comuns que podem  colocar uma pessoa em risco, encontram-se:

  • Artrite reumatoide;
  • Problemas nutricionais/ gastrointestinais (Doença de Crohn etc.);
  • Doença renal crônica;
  • HIV;
  • Doenças hematológicas/tumores malignos (inclusive cânceres de próstata e de mamas);
  • Certas doenças hereditárias;
  • Estados hipogonadais (Síndrome de Turner / Síndrome de Klinefelter, amenorreia etc.);
  • Desordens endócrinas (diabetes, síndrome de Cushing, hiperparatiroidismo etc.).

Menopausa/histerectomia 

“Mulheres pós-menopáusicas e aquelas que já sofreram a retirada dos ovários ou que tiveram menopausa precoce antes dos 45 anos, devem prestar maior atenção à sua saúde óssea. A perda óssea acelerada se inicia depois da menopausa, quando o efeito protetor do estrogênio fica reduzido. Para algumas mulheres, uma terapia de reposição hormonal pode ajudar a reduzir o ritmo da perda óssea, quando iniciada antes dos 60 anos ou até 10 anos depois da menopausa”, orienta o diretor do Iredo.

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